quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Quando Deus criou as mães



Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou Dele e Lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação.
Em quê, afinal de contas, ela era tão especial?

O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado. Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.

Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.
Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.

Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido, quase insignificante, numa roupa especial para a festinha da escola. Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.

Outro para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: Eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo, mesmo sem dizer nenhuma palavra.

O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.
Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos. De superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.

Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.
Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor mas, ainda assim, insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.
Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.

Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas. Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do amor. Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida. Uma mulher. Uma mãe.

Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. É gozar do privilégio de receber nos braços Espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem.
Enquanto haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Herói de todo dia



Já percebeu que nas histórias em quadrinhos e nos desenhos animados o herói está sempre disposto a salvar, a ajudar, a socorrer? Nessas histórias, o personagem herói é sempre incansável, não mede esforços para ajudar, e é capaz de esquecer das suas vontades e desejos quando precisa agir. Porém, você se deu conta de que esses heróis também existem no mundo real? Já conseguiu perceber que a vida está repleta desses grandes heróis?

Como alguns heróis dos quadrinhos, esses também, que encontramos no nosso cotidiano, não fazem questão da fama e do sucesso. Eles preferem o prazer do anonimato, onde a glória e a fama são plenamente substituídas pelo sentimento do dever cumprido. São heróis nossos de cada dia, todos aqueles capazes de chegar ao lar, após um dia intenso, onde o peso do mundo parece descer sobre os ombros, e ainda ter disposição para brincar de pega-pega ou de cavalinho, com os pequenos que os esperam ansiosos.

Não há como não chamar de heróis aqueles capazes de deixar de lado relatórios, e-mails e trabalhos, abrindo mão dos compromissos profissionais levados para casa, somente para escutar as aventuras e sonhos do universo infantil. É um heroísmo ser capaz de não perder a sensibilidade com as lutas da vida e os compromissos que se sucedem, e entender que o tempo gasto para responder sobre a cor do céu ou as dúvidas mais surpreendentes da vida não é perda de tempo, mas investimento na vida daquele que ama.

Esses heróis são capazes de ensinar com a leveza da alma e a firmeza do agir, sobre os valores da vida, sobre a honestidade, o respeito ao próximo e a retidão do caráter como indispensáveis para a vida. E para nos ensinar essas coisas, como todo bom herói, esses não gostam do discurso, da frase feita ou do grande diálogo. Ensinam-nos pela melhor pedagogia: a do exemplo.

Nossos heróis anônimos são capazes de dar uma escapadinha da correria do cotidiano só para ver um jogo de bola, ou uma singela apresentação musical, ou uma declamação de poesia que seja... Mesmo que ela tenha não mais que quatro versos. Fazem não por eles, mas porque sabem que, para seus filhos, isso é muito importante. E fazem tudo isso porque sabem que eles não são heróis feitos para salvar vidas. Eles entenderam, desde há muito, que Deus os fez heróis diferentes. São heróis que constroem vidas. Por isso são capazes de achar importante as coisas mais simples, quando as coisas simples são importantes para seus filhos. São capazes de esquecer seu cansaço, compromisso ou o seu lazer, para fazer do lazer dos filhos, o seu lazer.

Eles são heróis porque entendem que tudo isso que fazem hoje, talvez os filhos não entendam, nem consigam reconhecer e agradecer, mas um dia fará toda a diferença. Eles, os nossos heróis, nunca se cansam e nunca desistem da sua poderosa missão. Isso porque dentro deles há um combustível mágico que os move, tão mágico que quanto mais eles usam, mais se multiplica: o combustível do amor. E alguns de nós ainda temos a grande felicidade de chamar esses heróis por uma outra palavra: pai.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O cálice das pérolas



Era uma vez... As histórias maravilhosas começam assim. Não importa o tamanho delas. 
Se começam por era uma vez, são sempre maravilhosas.
Pois era uma vez um homem. Um homem pobre que de precioso só tinha um cálice.
Nele, ele bebia a água do riacho que passava próximo à sua casa. Nele, bebia leite, quando o conseguia, em troca de algum trabalho.
Era pobre, mas feliz. Feliz com sua esposa, que o amava. Feliz em sua pequena casa, que o sol abraçava nos dias quentes, tornando-a semelhante a um forno.
Feliz com a árvore nos fundos do terreno, onde escapava da canícula.
Saía pelas manhãs em busca de algum trabalho que lhe garantisse o alimento a ele e à esposa, a cada dia.
Assim transcorria a vida, em calma e felicidade. Nas tardes mornas, quando retornava ao lar, era sempre recebido com muita alegria.
Era um homem feliz. Trazia o coração em paz, sem maiores voos de ambição.
Então, um dia... Sempre há um dia em que as coisas acontecem e mudam o rumo da História.
Pois, nesse dia, nem ele mesmo sabendo o porquê, uma lágrima caiu de seus olhos, dentro do cálice.
De imediato, o homem ouviu um pequeno ruído, como de algo sólido, que bateu no fundo do recipiente.
Olhou e recolheu entre os dedos uma pérola. Sua lágrima se transformara em uma pérola.
Então, o homem pensou que poderia ficar muito rico se chorasse bastante.
Como não tinha motivos para chorar, ele começou a criá-los. Precisava se tornar uma pessoa triste, chorosa, para enriquecer.


Com o dinheiro da venda das pérolas pensava comprar lindas roupas para sua esposa, uma casa mais confortável, propriedades, um carro.
E assim foi. Ele começou a buscar motivos para ficar triste e para chorar muito.
Conseguiu muitas riquezas. Ele poderia tornar a ser feliz. No entanto, desejava mais.
As pequenas coisas que antes lhe ofertavam alegrias, agora, de nada valiam.
Que lhe importava o raio de sol para se aquecer no inverno? Com dinheiro, ele mandou colocar calefação interna em toda sua residência.
Por que aguardar os ventos generosos para arrefecer o calor nos dias de verão? Com dinheiro, ele pediu para ser instalado ar condicionado em toda a sua casa.
E no carro, e no escritório que adquiriu para gerir os negócios que o dinheiro gerara.
E a tristeza sempre precisava ser maior. Do tamanho da ambição que o dominava.
Nunca era o bastante. Os afagos da esposa, no final do dia e nos amanheceres de luz deixaram de ser imprescindíveis.
Ele não podia perder tempo. Precisava chorar. Precisava descobrir fórmulas de ficar mais triste e derramar mais lágrimas.
Finalmente, quando o homem se deu conta, estava sem esposa, sem amigos. Só... Com seu dinheiro, toda sua imensa fortuna.
Chorando agora, estava tão desolado, que nem mais se importava em despejar o dique das lágrimas no cálice.
A depressão tomara conta dele e nada mais tinha significado.
A história parece um conto de fadas. Mas nos leva a nos perguntarmos quantas vezes desprezamos os tesouros que temos, indo à cata de riquezas efêmeras.







quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Alguém Me Tocou



Seguia Jesus por entre os caminhos e ao seu redor, uma multidão.
E nos seus olhos, era tanto brilho, que contagiava quem ali estava.
De repente uma mulher se aproxima. Tem o coração cheio de fé
e tocou na vestidura do Mestre, pois sabia que Ele pode curar.

Alguém me tocou, pois de mim saiu virtude, Eu senti...
Não foi comum, pois foi um toque especial, que aniquila todo mal, senti...

Fui eu, Senhor, quem tocou na orla do Teu vestido para ter um coração revestido
Com Tua graça e o Teu poder estou curada...

Posso cantar... Aleluia, dizer... Aleluia... Aleluia...
Ressuscita mortos, liberta o oprimido. Dá a cada um, o que precisar ...
Dá vista aos cegos, cura os leprosos e o paralítico, Ele faz andar...

E ouvindo essas maravilhas, seu coração se encheu de fé
E da orla do vestido do Mestre saiu virtude para aquela mulher.


Cantora Cassiane


Em busca da Paz



Quando o esforço é verdadeiro o resultado é profícuo. O universo agradece o empenho nos oferecendo mais possibilidades de trabalho e crescimento. O momento então é de paz e assim como o frio do inverno dá lugar às flores e o calor da primavera, a vida reverencia o bom homem que absorve o ensinamento da lida, no esforço do esmero pelo aprimoramento próprio pelo bem comum. O crescimento se dá de forma gradual e lenta e quando temos perseverança ele é continuo e intenso. A descoberta da vida em nosso interior e o exercício de nossa vontade maior nos leva inevitavelmente ao embate entre a nossa alma e a nossa personalidade e quando este encontro se dá com a submissão da nossa personalidade à vontade maior da alma, tudo de bom acontece. Mantendo sempre o equilíbrio, centrando a nossa atenção ao alento que nos alimenta a cada instante, abrimos o campo da nossa consciência e a nossa percepção consegue atingir regiões mais recônditas em nosso universo ubíquo. Mantendo a nossa ligação com a fé verdadeira no Criador nos mantemos distantes das forças involutivas da vida e podemos crescer mais rapidamente. Lembremos que os tempos estão aí, não sabemos o que pode acontecer nem sabemos para onde vamos. Nos prepararmos da melhor forma para a partida é a única maneira de nos assegurarmos que estaremos prontos no momento certo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS



Um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas. É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo que a cerca.
 É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações. É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui. 
 Noite cristã, onde a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia.
 O Natal é um dia festivo e espero que o seu olhar possa estar voltado para uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de seu coração. Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade.
 Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz. Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida, que de fato queremos ser plenamente felizes. 
 Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último. Que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante. Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo. Aproveite este ano que está chegando para realizar todos os seus sonhos! 

 FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Ruídos estranhos

Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Salmo 91:1, RC


Passava da meia-noite quando acordei, e meu esposo me disse que ouvira um ruído estranho numa das portas do nosso quarto. Ele disse que era como se alguém tentasse abrir a porta. Não levei a questão muito a sério, já que nossa casa é grande e é comum ouvir sons diferentes à noite. Assim, apagamos a luz e nos acomodamos para voltar a dormir. Então, após alguns minutos, quando tudo estava em silêncio, ouvi claramente o som de alguém tocando a fechadura da porta. Com um salto, fiquei em pé, acendi a luz e olhei na direção da porta. Embora tivéssemos a impressão de que havia alguém do outro lado, tudo ficou muito quieto. Esperamos um longo tempo e apagamos a luz de novo, mas desta vez ficamos sentados para esperar. Após alguns segundos, o ruído começou de novo. Parecia que alguém estava usando uma chave de fenda para afrouxar os parafusos da porta. Acendemos a luz outra vez.

Eu estava arrepiada de medo e tremendo muito. Nem meu marido nem eu nos lembramos de que os parafusos da porta estavam do lado de dentro, de modo que ninguém poderia soltá-los do lado de fora. Também era estranho que nosso cachorro estivesse dormindo tranquilamente lá fora, sob a janela. Quisemos ligar para a recepção do condomínio onde moramos, porém estávamos um pouco apreensivos. Talvez não houvesse ninguém por trás da porta e, no dia seguinte, toda a vizinhança riria de nós.

Enquanto aguardávamos, olhei de repente para o chão e vi um camundongo correndo para se esconder embaixo da nossa cama. Não sei de onde ele surgiu, mas, ao ver-se sem saída, fizera sons de arranhar na porta, como alguém que tentava abri-la. Aquilo foi demais para mim. Dei um pulo e corri para o closet, fechando a porta atrás de mim. Meu gentil esposo ficou sozinho para pegar o camundongo.

Essa experiência me ensinou uma lição. Embora oremos e peçamos a proteção de Deus, na realidade não confiamos nEle como deveríamos. Quando deixamos que Ele nos guie, não nos sentimos tão assustados. Às vezes, acabamos por achar graça e rir dos problemas posteriormente, como foi nosso caso, embora tivesse sido assustador naquele momento. Todos precisamos crescer na maturidade cristã. Precisamos confiar plenamente em nosso Pai celestial, para que, em tempos amedrontadores, possamos sentir paz. (Ani Köhler Bravo in Meditação da Mulher)